
O treinamento dos agentes municipais acontece em quatro municípios sede até quinta-feira (22)
Rondônia - Rondônia reafirma seu protagonismo no enfrentamento à malária com a retomada da implantação da tafenoquina. O medicamento é um avanço no tratamento da malária vivax, reduzindo de 7 para apenas 3 dias o tempo de tratamento, com mais eficácia e segurança. A iniciativa é conduzida pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa/RO), com apoio do Ministério da Saúde (MS), do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cepem) e das secretarias municipais de saúde. Após capacitações anteriores realizadas em 2024 nos municípios de Porto Velho, Guajará-Mirim, Candeias do Jamari e Nova Mamoré, o estado retoma agora, em maio de 2025, a segunda fase da implantação com um novo ciclo de formações e oficinas práticas.
Entre os dias 19 e 22 de maio, estão sendo realizadas reuniões técnicas e oficinas nos municípios de Itapuã do Oeste, Machadinho d’Oeste, Ariquemes e Alto Paraíso, envolvendo equipes municipais de saúde. O gerente da Gerência Técnica de Vigilância em Saúde Ambiental (GTVAM), Pedro Magalhães, explicou que a programação contempla orientações clínicas sobre o uso da tafenoquina e a aplicação do teste rápido da enzima G6PD, essencial para garantir a segurança do paciente antes do início do tratamento. O fornecimento do medicamento e dos biossensores utilizados no teste G6PD é feito pelo Ministério da Saúde e distribuído pela Agevisa/RO aos municípios contemplados.
Entre os dias 19 e 22 de maio, estão sendo realizadas reuniões técnicas e oficinas nos municípios de Itapuã do Oeste, Machadinho d’Oeste, Ariquemes e Alto Paraíso, envolvendo equipes municipais de saúde. O gerente da Gerência Técnica de Vigilância em Saúde Ambiental (GTVAM), Pedro Magalhães, explicou que a programação contempla orientações clínicas sobre o uso da tafenoquina e a aplicação do teste rápido da enzima G6PD, essencial para garantir a segurança do paciente antes do início do tratamento. O fornecimento do medicamento e dos biossensores utilizados no teste G6PD é feito pelo Ministério da Saúde e distribuído pela Agevisa/RO aos municípios contemplados.

O governador de Rondônia, Marcos Rocha, ressaltou o comprometimento do estado com a inovação e a saúde pública. “Rondônia tem dado exemplo de inovação e compromisso com a saúde da população. A adoção da tafenoquina é um avanço significativo no tratamento da malária e representa um ganho direto para a qualidade de vida dos rondonienses.”
TRATAMENTO
A tafenoquina é utilizada no tratamento de casos novos de malária vivax e deve ser administrada após a realização do teste de G6PD, que detecta a deficiência da enzima Glicose-6-Fosfato Desidrogenase. Essa condição, presente em parte da população, pode provocar reações adversas ao medicamento. O teste, que é simples e rápido, com resultado em cerca de 15 minutos, determina se o paciente pode ou não receber o tratamento com segurança.
O diretor-geral da Agevisa/RO, Gilvander Gregório de Lima, enfatizou a importância da inovação terapêutica aliada à segurança clínica. “A tafenoquina oferece tratamento rápido e eficaz, com uma dose única associada à cloroquina, proporcionando maior adesão e resultado para o paciente. Mas o mais importante é a segurança: por isso o teste de G6PD é indispensável antes da administração.”
RETOMADA DA IMPLANTAÇÃO

O coordenador estadual da Malária da Agevisa/RO, Valdir França, destacou o esforço conjunto para viabilizar a retomada da implantação do medicamento. “Desde julho de 2024 iniciamos a implantação em Porto Velho. Em dezembro, implantamos nos municípios de Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Candeias e no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) de Guajará Mirim. Esse processo é fruto de um estudo clínico iniciado em 2018, que foi desenvolvido por três anos em Porto Velho e Manaus, e agora colhemos os resultados com a aplicação prática nas regiões endêmicas.”
A retomada da implantação da tafenoquina consolida Rondônia como estado referência no controle da malária, promovendo saúde com eficácia, inovação e segurança para a população.
Durante a oficina em Itapuã do Oeste, a técnica do Cepem, médica Mariana Vasconcelos, iniciou a capacitação com uma contextualização histórica do uso do medicamento pelo exército americano e reforçou a necessidade do teste prévio de G6PD. Ela ressaltou que a G6PD é uma enzima presente no organismo, e que antes de usar a tafenoquina, é fundamental realizar o teste. O teste garante a segurança do paciente e permite uma cura radical da malária vivax.
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