Deputado federal por Rondônia, conhecido por ser o maior puxa-saco de Bolsonaro no Estado, chamou Lula de “garnizé” e exaltou Trump como “galo”, mesmo após o presidente dos EUA impor tarifa de 50% contra produtos brasileiros

RondôniaEm mais um episódio polêmico protagonizado por integrantes da base bolsonarista, o deputado federal Coronel Crhisóstomo (PL-RO) fez um dos discursos mais submissos já registrados na tribuna da Câmara dos Deputados, ao defender com entusiasmo a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos de exportação brasileiros.

Durante sua fala, Crhisóstomo culpou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela medida de Trump, referindo-se ao chefe do Executivo brasileiro de forma pejorativa como “garnizé”, enquanto chamava o presidente norte-americano de “galo”. A fala gerou perplexidade, inclusive entre aliados, por seu teor nitidamente subserviente aos interesses estrangeiros, em detrimento da economia nacional.

A decisão de Trump, que afeta diretamente o agronegócio brasileiro, atinge com especial gravidade o setor produtivo de Rondônia. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) apontam que os principais produtos de exportação do estado são carne bovina (fresca, resfriada e congelada), soja, milho, café e madeira. A carne lidera as vendas externas, seguida pela soja e demais commodities agrícolas.

A manifestação de Crhisóstomo ocorre poucos dias após o parlamentar ser humilhado publicamente pelo próprio Jair Bolsonaro durante manifestação realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, no último dia 29 de junho. Na ocasião, o ex-presidente empurrou o deputado em cima do palanque, num gesto de desprezo que foi registrado em vídeo e amplamente divulgado nas redes sociais.

Conhecido como um dos principais puxa-sacos de Bolsonaro na bancada federal de Rondônia, Crhisóstomo é frequentemente associado vítima de humilhações públicas impostas pelo "mito".

Mas, mesmo diante da ameaça à balança comercial do estado, o deputado insistiu em defender Trump e atacar o governo brasileiro, em um gesto interpretado como um exemplo de submissão aos interesses internacionais.

E ainda fingindo esquecer que o tarifaço trumpista sobre o agro brasileiro e rondoniense foi imposto depois de uma série de intrigas e mentiras contadas nos Estados Unidos pelo filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o Bananinha.

Fonte: Tudo Rondônia