Cobrança por transparência e regularização marca encontro no setor chacareiro

Rondônia - A Central Senaprof — conhecida como Associação das Associações — realizou nesta semana uma reunião no setor chacareiro que expôs, de forma direta, um problema que se arrasta há meses: a falta de registro oficial da entidade, mesmo após oito meses da eleição da diretoria.

A imagem registrada durante o encontro traduz o momento. Em uma mesa simples, no ambiente rural, os diretores se reuniram para debater, ponto a ponto, o impasse jurídico que hoje trava o avanço institucional da Central.

Pressão por transparência e explicações

O encontro foi convocado por membros que exigem transparência sobre a situação legal da Central. Até agora, a diretoria não apresentou o registro da ata de eleição, do estatuto atualizado ou qualquer documento que formalize sua existência perante os órgãos competentes — itens básicos para o funcionamento de uma instituição representativa.

Durante a reunião, um dos diretores cobrou abertamente um posicionamento da presidência. Em tom firme, pediu explicações sobre como a Central tem se colocado como interlocutora de associações rurais perante órgãos públicos sem possuir qualquer formalização legal.

Atuação sem respaldo jurídico preocupa lideranças

Conforme relatos, a Central Senaprof já teria participado de reuniões externas, discutido diretrizes e até apresentado propostas em nome das associações. A atuação, porém, estaria ocorrendo sem respaldo jurídico, o que cria dúvidas sobre a validade dessas iniciativas.

Presidentes de associações e produtores rurais que acompanham o caso demonstram preocupação: uma entidade que pretende representar dezenas de comunidades rurais não conseguiu, até o momento, organizar sua documentação mínima.

Entraves internos e futuro indefinido

Mesmo diante das cobranças, a reunião terminou sem uma definição clara. Parte dos membros defende a regularização imediata; outros alegam falta de recursos e estrutura para concluir o processo.

Apesar da promessa de que o registro será priorizado — compromisso citado desde o início do ano — a data para a regularização segue incerta.

A foto do encontro, com diretores concentrados entre cadernos, celulares e documentos, reflete o cenário atual: uma Central que busca representar muitas vozes, mas que ainda precisa resolver seus próprios entraves internos antes de se firmar como liderança legítima no setor rural.